Decoração do hall com identidade cultural.
Administração de Condomínios

Mesmo com o orçamento apertado, é possível decorar o ambiente com bom gosto e identidade, unindo tendências mundiais com produções locais
“Sempre gostamos de criar um tema para o hall, e com isso desenvolver toda a arquitetura de interior. O ideal é ter luz natural, vegetação, e dar prioridade para a boa circulação, sendo ao mesmo tempo aconchegante”, diz o arquiteto Roberto Rita, do Mantovani e Rita Arquitetura, em Florianópolis.
Segundo o profissional, é comum a procura de condomínios para a decoração do hall de entrada e é possível alcançar bons resultados mesmo com o orçamento mais apertado. “Procuramos dar um bom impacto e neutralizar os materiais, explodindo com obras de arte. Não uso tendências, mas sim os materiais atuais, os tecidos, as luminárias, em que o led é bastante utilizado. O importante é dar um ‘up’ na chegada, fazendo com que a pessoa que entra se surpreenda”, comenta o arquiteto.
Obras de arte: opções locais que cabem no orçamento
O uso de obras de arte para compor a identidade do hall de entrada dos condomínios é uma tendência destacada por duas profissionais do ramo das artes plásticas em Santa Catarina. Administradora da Jared Windmüller Art Gallery, em Jurerê Internacional, Claudia Kon Windmüller trabalha com a opção da fotografia usada como expressão artística.
“É uma tendência muito forte as fotografias impressas em tecido canvas, porque mesclamos o fascínio que a fotografia nos transmite com a textura dos quadros de pintura. A impressão final é de um quadro de pintura, porém é uma imagem fotográfica”, descreve Claudia, ao defender, assim como o arquiteto Rita, a criação de uma identidade para cada ambiente.
Segundo a administradora, os condomínios da capital catarinense costumam buscar imagens de praias e da cultura da Ilha em geral, além de flores e fotografias abstratas. “A primeira impressão é a que fica. Para dar um ar de acolhimento e sofisticação, o ambiente deve estar em harmonia, e isso quer dizer que os quadros devem conter imagens e cores que se integrem ao estilo e design do espaço em questão”, diz.
“A melhor forma de apresentar uma composição harmoniosa por meio das obras na decoração é combinar os quadros, para que se crie uma identidade ao ambiente, obedecendo ao estilo de seu entorno com muito bom gosto e dando um ar contemporâneo, com a mistura de cores, tamanhos e modelos, sem que se prejudique a linguagem do ambiente”, completa.
Usar na decoração do hall de entrada referências que remetem à cultura local também é uma preferência apontada por Cissa Monguilhott, membro de entidades de artistas plásticos catarinenses, entre elas a Acap (Associação Catarinense dos Artistas Plásticos), na qual é presidente. Ela relata que um curador é designado a visitar o edifício para, então, selecionar três artistas e apresentar suas produções em assembleia para apreciação dos condôminos.
“A obra de arte através do olhar tem o poder de provocação subjetiva do ser, levando também a uma sensação de bem-estar. A tendência hoje são painéis com cópias das imagens e Santa Catarina concentra uma megaclasse de artistas renomados. O que falta são políticas públicas para divulgação à sociedade”, comenta Cissa, ao acrescentar que o hall de entrada é um bom espaço para divulgação do trabalho para os artistas locais, além de transformar a passagem pelo ambiente em uma experiência artística, que estimula os sentidos.
Fonte: Jornal do condomínio SC